Por V&C - A 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caicó converteu , neste 17 de setembro, um procedimento preparatório em inquérito civil para apurar em que circunstâncias morreu Maria Edneide Barbosa da Silva e se houve falha no atendimento dado pelo Hospital Regional do Seridó.
Ela tinha 48 anos, residia em Acari e, dia 18 de setembro de 2013 buscou atendimento no Hospital Regional do Seridó, entretanto, segundo familiares, Maria passou cerca de uma hora esperando um médico que a atendesse e esse atraso teria sido fatal, já que em casos de infarto, o rápido atendimento pode ser a diferença entre a vida e a morte. Ainda segundo parentes, foi solicitado a um médico que saia de plantão urgência para que examinasse a paciente, mas ele teria alegado que seu horário já tinha se encerrado.
O CASO
Relembre o caso com exclusividade - A irmã Edijane Barbosa da Silva relatou na ocasião que Maria Edneide chegou ao hospital às 19h05, momento em que o médico de plantão na urgência deixava a unidade. "Fomos atrás dele na saída do hospital e ele disse 'já está na minha hora', pedindo que aguardássemos o médico que chegaria às 20h", explica. Enquanto isso, Maria Edneide fez um eletrocardiograma, um exame de sangue e ficou respirando com a ajuda de um balão de oxigênio na enfermaria.
Edijane ainda disse que a família tentou chamar o médico que estava trabalhando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "As enfermeiras diziam que ele estava vindo, mas nunca vinha. Minha irmã gritava de dor. Quando o médico chegou acho que ela já tinha morrido", diz. A dona de casa ainda foi levada para a UTI, mas não houve tempo para salvá-la. O médico de plantão na urgência chegou às 20h07, após a morte de Edneide.
O inquérito civil pode resultar em uma ação civil pública, que denunciaria os responsáveis, uma recomendação, ou em arquivamento, caso não se confirme os fatos que o geraram.
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