Jorge Talmon Do G1 RN
O Hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal, está superlotado. Na unidade, que é referência para grávidas de alto risco no Rio Grande do Norte, faltam macas, profissionais e até aparelhos de ar condicionado, o que aumenta o desconforto das pacientes. Um bebê, recém-nascido, sofre constantes convulsões. E pelos corredores, grávidas dormem no chão, espalhadas pelos pelos corredores e são abanadas para amenizar o calor.
Os problemas na unidade foram denunciados pelos próprios funcionários. Segundo eles, (veja o vídeo ao lado), a situação piorou ao longo deste último final de semana, como mostra matéria feita pela Inter TV Cabugi, exibida nesta segunda-feira (8).
Um dos problemas encontrados na maternidade é o calor. O aparelho de ar condicionado está quebrado há bastante tempo. “Tem seis meses que o ar não funciona. Com essa superlotação, os municípios não cumprem com sua missão. A gente não consegue mais. É impossível você trabalhar em condições normais. Nós estamos adoecendo. Hoje, que se fala de parto humanizado e humanização do atendimento, a gente vê essas condições. Isso aqui é guerra. É guerra pura”, diz a obstetra Conceição Pinheiro.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Luiz Roberto Fonseca, afirmou que reconhece os problemas e que o Estado tentará procurar soluções para as questões. No entanto, ele ainda aponta que os municípios também devem atender ao dever de atender as gestantes. “Nós temos ciência, inclusive em função dessa percepção. Nós temos conversado com alguns colegas a respeito da superlotação da obstetrícia, da própria clínica médica, da clínica pediátrica e conversando com esses colegas e com a própria direção. Nós sabemos que a situação do Hospital Santa Catarina é de superlotação. Não é diferente da situação que a gente enfrenta em todos os outros hospitais, mas ela tencionou no Santa nesse final de semana e nós vamos avaliar essa situação localmente”, disse.
No hospital, também não há macas para as grávidas. Maria Luisa Guedes passou a noite do domingo e amanheceu nesta segunda no chão. “Estou desde ontem à noite deitada ou sentada no chão. Não tinha mais maca para me botarem deitada”, afirmou a paciente.
Andrea da Silva deu a luz ao seu filho, mas até agora a criança não recebeu o banho. “A pessoa precisa deles e nenhum aparece para dar banho no menino. Posso fazer o que?”, reclamou. “Aqui não está tendo água. É um calor infernal. Nem tem aleitamento para a gente, nem maca. Aqui não tem nada. Calamidade total”, acrescentou a gestante Arilda Costa da Silva.
Algumas salas que foram inauguradas para funcionar como sala de parto não estão abrigando as mães que já tiveram seus filhos. “Nós não temos condições de prestar um assistência com cinco técnicos de enfermagem e uma enfermeira sozinha no setor. Então, é impossível uma situação dessa. A gente faz o que pode. Mas, com certeza, vai deixar muita coisa a desejar, porque não tem condições de a gente dar uma assistência desse jeito”, argumentou Maria da Conceição Lemos, enfermeira do hospital.
Uma das médicas ouvidas pela reportagem afirma que uma criança tem seguidas convulsões desde o domingo. No entanto, ela não consegue a transferência para nenhuma UTI. “Ele está em uma situação gravíssima. Imagine como é para nós, profissionais pediatras, nos depararmos com numa situação dessa, ficarmos de mãos atadas e incapacitados, sem ter o que fazer. Antes mesmo dela convulsionar, nós tentamos a vaga, pensando na possibilidade de que ela poderia vir a convulsionar, por que ela nasceu com anoxia grave, quando o bebê nasce sem respirar. Ela nasceu às 12h20 e à tarde começou a convulsionar”, relata a enfermeira.
O Hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal, está superlotado. Na unidade, que é referência para grávidas de alto risco no Rio Grande do Norte, faltam macas, profissionais e até aparelhos de ar condicionado, o que aumenta o desconforto das pacientes. Um bebê, recém-nascido, sofre constantes convulsões. E pelos corredores, grávidas dormem no chão, espalhadas pelos pelos corredores e são abanadas para amenizar o calor.
Os problemas na unidade foram denunciados pelos próprios funcionários. Segundo eles, (veja o vídeo ao lado), a situação piorou ao longo deste último final de semana, como mostra matéria feita pela Inter TV Cabugi, exibida nesta segunda-feira (8).
Um dos problemas encontrados na maternidade é o calor. O aparelho de ar condicionado está quebrado há bastante tempo. “Tem seis meses que o ar não funciona. Com essa superlotação, os municípios não cumprem com sua missão. A gente não consegue mais. É impossível você trabalhar em condições normais. Nós estamos adoecendo. Hoje, que se fala de parto humanizado e humanização do atendimento, a gente vê essas condições. Isso aqui é guerra. É guerra pura”, diz a obstetra Conceição Pinheiro.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Luiz Roberto Fonseca, afirmou que reconhece os problemas e que o Estado tentará procurar soluções para as questões. No entanto, ele ainda aponta que os municípios também devem atender ao dever de atender as gestantes. “Nós temos ciência, inclusive em função dessa percepção. Nós temos conversado com alguns colegas a respeito da superlotação da obstetrícia, da própria clínica médica, da clínica pediátrica e conversando com esses colegas e com a própria direção. Nós sabemos que a situação do Hospital Santa Catarina é de superlotação. Não é diferente da situação que a gente enfrenta em todos os outros hospitais, mas ela tencionou no Santa nesse final de semana e nós vamos avaliar essa situação localmente”, disse.
No hospital, também não há macas para as grávidas. Maria Luisa Guedes passou a noite do domingo e amanheceu nesta segunda no chão. “Estou desde ontem à noite deitada ou sentada no chão. Não tinha mais maca para me botarem deitada”, afirmou a paciente.
Andrea da Silva deu a luz ao seu filho, mas até agora a criança não recebeu o banho. “A pessoa precisa deles e nenhum aparece para dar banho no menino. Posso fazer o que?”, reclamou. “Aqui não está tendo água. É um calor infernal. Nem tem aleitamento para a gente, nem maca. Aqui não tem nada. Calamidade total”, acrescentou a gestante Arilda Costa da Silva.
Algumas salas que foram inauguradas para funcionar como sala de parto não estão abrigando as mães que já tiveram seus filhos. “Nós não temos condições de prestar um assistência com cinco técnicos de enfermagem e uma enfermeira sozinha no setor. Então, é impossível uma situação dessa. A gente faz o que pode. Mas, com certeza, vai deixar muita coisa a desejar, porque não tem condições de a gente dar uma assistência desse jeito”, argumentou Maria da Conceição Lemos, enfermeira do hospital.
Uma das médicas ouvidas pela reportagem afirma que uma criança tem seguidas convulsões desde o domingo. No entanto, ela não consegue a transferência para nenhuma UTI. “Ele está em uma situação gravíssima. Imagine como é para nós, profissionais pediatras, nos depararmos com numa situação dessa, ficarmos de mãos atadas e incapacitados, sem ter o que fazer. Antes mesmo dela convulsionar, nós tentamos a vaga, pensando na possibilidade de que ela poderia vir a convulsionar, por que ela nasceu com anoxia grave, quando o bebê nasce sem respirar. Ela nasceu às 12h20 e à tarde começou a convulsionar”, relata a enfermeira.
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