R7
Em entrevista exclusiva ao R7, o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) confirmou que vai apresentar requerimento na próxima sessão da CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira pedindo a convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal da Veja em Brasília.
Segundo reportagem da revista Carta Capital desta semana, escutas da Polícia Federal comprovam a conexão direta do contraventor com o jornalista. Em um diálogo gravado pela Polícia Federal e reproduzido na revista, Policarpo pede que Cachoeira grampeie o telefone do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O objetivo era conseguir informações privilegiadas da relação entre o parlamentar e dirigentes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para suposta reportagem na Veja.
Para Rosinha, as relações de Policarpo com o grupo de Cachoeira podem ir além do tráfico de informações. Segundo o deputado, há suspeitas de que o jornalista teve funções operacionais no esquema do bicheiro. Por isso, ele avalia ser fundamental a convocação de Policarpo para prestar esclarecimentos na CPI.
A reportagem do R7 tentou contato com o jornalista na sucursal da Veja em Brasília. Ele não quis comentar as denúncias. Até o início da tarde, a assessoria de imprensa da Editora Abril, que publica Veja, não divulgou nenhuma nota sobre o caso. Leia a íntegra da entrevista abaixo.
R7: Qual seria o suposto motivo do envolvimento do jornalista com o grupo de Cachoeira?
Dr. Rosinha: Toda grande organização criminosa, como a do Cachoeira, tem de tentar cooptar em todas as áreas alguém para servi-la. No Judiciário, no Legislativo - como o Demóstenes - e no Executivo, como estamos investigando. E, claro, se tiver um ramo da imprensa para trabalhar junto, facilita a vida da organização.
R7: Há o receio de que essa investigação esbarre no PT?
No que investiguei junto à assessoria técnica do Congresso, a resposta é não. O Policarpo procurava a todo instante fazer uma atuação contra as pessoas que estão no governo. Há uma licitação da BR-280, na qual é organizada a ida dele ao Paraná. A Delta, responsável pela viagem, não estava presente. Ou seja, ficou claro que ele estava lá com uma intenção: destruir uma licitação do governo. Não entro no mérito se a licitação seria criminosa ou não, favorecendo a alguém do grupo ligado ao Cachoeira. Apenas entro na questão do que teria levado Policarpo ao Paraná. Ele dizia "eu tinha uma fonte para me falar", mas não, ele construiu tudo junto.
R7: Então, ele realmente participava do esquema?
A primeira alegação deles [Veja] era: "[o grupo de Cachoeira] atuava como fonte". Estamos vendo agora que não era apenas uma atuação como fonte, mas que ele participava da organização em si. Eu acho que, nos documentos e nas gravações, há uma quantidade enorme de suspeitos. A ida dele à CPI é importante para esclarecer estes fatos. Até que ponto ele era instrumento da organização? Até que ponto ele fazia parte da organização? Ou, até que ponto ele usava a organização? A CPI tem de buscar resposta a estes três pontos. Não quero acusar ninguém com antecedência.
R7: Há medo de retaliação por parte do grupo de Cachoeira ou da Veja contra o senhor?
Sobre o grupo de Cachoeira, nenhum medo. Sobre a Veja, quando não há nenhuma acusação contra alguém, eles constroem. Então, eu tenho medo. E eles já construíram tantas.
R7: Quais seus objetivos ao apresentar o requerimento para que Policarpo Jr. compareça à CPI na terça-feira (14)?
É um requerimento para a CPI votar a convocação do Policarpo Jr.. Acredito que será aprovado, já que não estou fazendo nenhuma acusação. Estou levantando sérias suspeitas, que tem de ser investigadas.
Em entrevista exclusiva ao R7, o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) confirmou que vai apresentar requerimento na próxima sessão da CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira pedindo a convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal da Veja em Brasília.
Segundo reportagem da revista Carta Capital desta semana, escutas da Polícia Federal comprovam a conexão direta do contraventor com o jornalista. Em um diálogo gravado pela Polícia Federal e reproduzido na revista, Policarpo pede que Cachoeira grampeie o telefone do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). O objetivo era conseguir informações privilegiadas da relação entre o parlamentar e dirigentes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para suposta reportagem na Veja.
Para Rosinha, as relações de Policarpo com o grupo de Cachoeira podem ir além do tráfico de informações. Segundo o deputado, há suspeitas de que o jornalista teve funções operacionais no esquema do bicheiro. Por isso, ele avalia ser fundamental a convocação de Policarpo para prestar esclarecimentos na CPI.
A reportagem do R7 tentou contato com o jornalista na sucursal da Veja em Brasília. Ele não quis comentar as denúncias. Até o início da tarde, a assessoria de imprensa da Editora Abril, que publica Veja, não divulgou nenhuma nota sobre o caso. Leia a íntegra da entrevista abaixo.
R7: Qual seria o suposto motivo do envolvimento do jornalista com o grupo de Cachoeira?
Dr. Rosinha: Toda grande organização criminosa, como a do Cachoeira, tem de tentar cooptar em todas as áreas alguém para servi-la. No Judiciário, no Legislativo - como o Demóstenes - e no Executivo, como estamos investigando. E, claro, se tiver um ramo da imprensa para trabalhar junto, facilita a vida da organização.
R7: Há o receio de que essa investigação esbarre no PT?
No que investiguei junto à assessoria técnica do Congresso, a resposta é não. O Policarpo procurava a todo instante fazer uma atuação contra as pessoas que estão no governo. Há uma licitação da BR-280, na qual é organizada a ida dele ao Paraná. A Delta, responsável pela viagem, não estava presente. Ou seja, ficou claro que ele estava lá com uma intenção: destruir uma licitação do governo. Não entro no mérito se a licitação seria criminosa ou não, favorecendo a alguém do grupo ligado ao Cachoeira. Apenas entro na questão do que teria levado Policarpo ao Paraná. Ele dizia "eu tinha uma fonte para me falar", mas não, ele construiu tudo junto.
R7: Então, ele realmente participava do esquema?
A primeira alegação deles [Veja] era: "[o grupo de Cachoeira] atuava como fonte". Estamos vendo agora que não era apenas uma atuação como fonte, mas que ele participava da organização em si. Eu acho que, nos documentos e nas gravações, há uma quantidade enorme de suspeitos. A ida dele à CPI é importante para esclarecer estes fatos. Até que ponto ele era instrumento da organização? Até que ponto ele fazia parte da organização? Ou, até que ponto ele usava a organização? A CPI tem de buscar resposta a estes três pontos. Não quero acusar ninguém com antecedência.
R7: Há medo de retaliação por parte do grupo de Cachoeira ou da Veja contra o senhor?
Sobre o grupo de Cachoeira, nenhum medo. Sobre a Veja, quando não há nenhuma acusação contra alguém, eles constroem. Então, eu tenho medo. E eles já construíram tantas.
R7: Quais seus objetivos ao apresentar o requerimento para que Policarpo Jr. compareça à CPI na terça-feira (14)?
É um requerimento para a CPI votar a convocação do Policarpo Jr.. Acredito que será aprovado, já que não estou fazendo nenhuma acusação. Estou levantando sérias suspeitas, que tem de ser investigadas.
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