Fernanda Zauli Do G1 RN
Reservatório Itans, no município de Caicó, está com 28,74% da capacidade total.
(Foto: Sidney Silva)
O monitoramento dos reservatórios do
Rio Grande do Norte realizado pela Secretaria de Recursos Hídricos (Semarh) constatou que 20 açudes do Estado estão com o volume abaixo de 20% da sua capacidade total. A situação é considerada crítica pela Coordenação de Gestão de Recursos Hídricos da Semarh.
O levantamento mostra ainda que 40 reservatórios, dos 53 monitorados pela Semarh, estão com o volume abaixo de 50% da capacidade total. “As poucas chuvas que caíram no Estado esse ano não mudaram a nossa realidade que hoje é considerada crítica”, disse a coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos da Semarh, Joana Darc Freire de Medeiros.
A região do Alto Oeste, de acordo com o monitoramento, é uma das mais críticas em relação ao volume dos reservatórios. O açude Brejo, localizado no município de Olho D'água do Borges, por exemplo, está com 6,06% da sua capacidade, de acordo com a medição realizada no dia 20 de fevereiro. Outros reservatórios da região também estão em situação crítica, como o Bonito II, no município de
São Miguel, com 10,73% da capacidade; e o Santo Antônio de
Caraúbas, em Caraúbas, com 9,06%. No Alto Oeste, o reservatório que está em melhor situação é o de
Santa Cruz do
Apodi, com 56,34% da capacidade.
Reservatório Gargalheira, em Acari.
(Foto: Canindé Soares)
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves - maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos – está com 49,16% da sua capacidade total. Ainda de acordo com a última medição realizada pela Semarh, outros importantes reservatórios do Rio Grande do Norte encontram-se na seguinte situação:
Poço Branco, 56,69%; Itans, 28,74%; Mendubim, 44,18%; Sabugi, 20,86%;
Pau dos Ferros, 19%; Gargalheira, 33%; e Cruzeta, 16%.
Previsão
De acordo com a previsão dos meteorologistas da Empresa de Pesquisa Agropecuária do rio Grande do Norte (Emparn), o semiárido nordestino terá um inverno abaixo do normal e o litoral de normal a acima do normal. Mesmo com essa previsão, os meteorologistas chegaram a conclusão, após dois dias de análises, que não existem sinais evidentes se o Nordeste terá um ano de chuvas normais ou não. Os parâmetros observados, como as águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, as Zonas de Leste e a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), não são suficientes no momento para uma conclusão.
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