sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DIRETOR DE CADEIA PÚBLICA "LINHA DURA" É EXECUTADO COM DISPAROS DE ARMA DE FOGO


“Ele era linha dura.” Essa frase foi dita por várias pessoas que conheciam o trabalho do diretor da cadeia pública de Solânea, executado a tiros na noite desta quinta-feira (22). Jairo Neves dos santos tinha 61 anos de idade e há mais de 10 anos trabalhava na cadeia pública de Solânea, cidade localizada no brejo da Paraíba, há cerca de 130 km de João Pessoa-PB.

Colecionador de ameaças e inimigos o profissional que prestava serviço à secretaria penitenciária do estado da Paraíba, estava conversando com um vizinho que mora há pouco mais de 100m da sua residência, na Rua Padre Pinto, quando foi surpreendido pela presença de uma dupla em uma moto que, usando capuz efetuaram vários disparos de arma de fogo contra a vítima. “Nós estávamos conversando e os caras se aproximaram. Não houve discussão, eles não disseram nada, apenas chegaram e “meteram” bala. Não deu nem para Jairo reagir.” Narrou a testemunha.


Local onde a vítima foi alvejada

Jairo foi levado para o hospital por uma guarnição da Polícia Militar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Policiais civis, coordenados pelo delegado do Grupo Tático Especial, Dr. Ricardo Sena, e Militares, comandados pelo Ten. Cel. Valério, diligenciaram na tentativa de identificar, localizar e prender os acusados, mas até o início da manhã desta sexta-feira, não se tinha nenhuma informação precisa quanto o paradeiro da dupla criminosa.

Dr. Ricardo Sena revelou que já há informações que possam ajudar na identificação dos assassinos, mas se limitou em comenta-las. Acrescentou que a principal linha de investigação deve partir da forma rígida como o diretor desempenhava sua atividade. Seu posicionamento linha dura seria motivo para vários desafetos.


Capsula encontrada no local do crime

O Ten. Cel. Valério ressaltou que o trabalho da polícia militar será incansável na busca por informações que os levem até os homicidas. O comandante do 4º BPM-PB descartou que a ação faça parte da estatística de crimes crescentes contra profissionais da área de segurança que ocorre em alguns estados do país.
Por Júnior Campos

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