Figura sempre polêmica, Ronaldo Esper voltou a causar nessa sexta-feira (26). Em uma participação no Programa da Tarde, da Record, o estilista se ofendeu com uma pergunta feita pelo apresentador Brito Júnior e se recusou a continuar no palco da atração. Ele deixou a atração quando o programa estava no ar, dizendo que tomaria as medidas legais contra a "ofensa" que estava sofrendo.
Ronaldo foi questionado por Brito sobre uma declaração que Clodovil teria feito em 2005, sobre o caso em que Esper foi acusado de furtar vasos de um cemitério em São Paulo.
No mesmo instante o costureiro questionou a pergunta e de onde Brito teria tirado essa informação. O apresentador informou que tudo estava sendo passado por sua produção e Ronaldo Esper ficou indignado. Com o programa no ar ele disse que tal afirmação de Clodovil nunca existiu e que lamentava a produção do Programa da Tarde ser tão desinformada.
O estilista retirou o fone de ouvido e sem pensar duas vezes deixou o palco da atração, para surpresa de Britto e Ticiane Pinheiro, que também participava da atração.
Na sequência, Britto falou sobre o problema ocorrido e ainda contou que na semana passada Esper participou do quadro Os Donos do Jogo e respondeu a perguntas muito mais polêmicas, sem o menor problema, e ainda faturou R$8.350 mil.
O editor de celebridades do Programa da Tarde também explicou o ocorrido e afirmou que houve sim uma declaração de Clodovil sobre o caso dos vasos de Esper, que na época o fato foi amplamente divulgado pela mídia e teve matéria especial na Revista Flash. Também foi relembrada a disputa e as brigas homéricas que ocorreram entre Esper e Clodovil.
JUSTIFICATIVA
Depois de deixar o palco do Programa da Tarde, da Record, Ronaldo Esper se desculpou com seus fãs através de sua página do Facebook.
Leia na íntegra a mensagem que Esper postou:
“Peço, encarecidamente, desculpas ao público e aos telespectadores pela atitude tomada no Programa da Tarde comandado por Brito Junior e Ticiane Pinheiro, mas não havia como continuar no programa com a forma como se procurava denegrir minha imagem. Eu não compreendo como alguém pode chamar uma pessoa para ir a sua casa e, uma vez lá dentro, passar a denegrir a imagem dessa pessoa, colocando-a como alguém de má índole ou, o que é pior, de índole criminosa. Tenho 50 anos de alta costura. Já vesti milhares de mulheres da alta sociedade e classe média. Já convivi com autoridades de alta patente, artistas famosos e gente comum e nunca fui tão humilhado assim. Nunca escondi nada de ninguém e sempre procurei ser correto em minha vida pessoal e profissional.
O evento dos vasos já ficou por demais esclarecido. Fui preso e processado porque alguém quis ter seus momentos de fama. Fui absolvido, tanto na primeira instância (vara criminal comum) como na segunda instância (tribunal de justiça) onde três desembargadores reconheceram que crime algum cometi. Não houve furto algum de vasos, pois os mesmos não se encontravam em nenhuma sepultura e sim no lixo, junto com entulhos de sepulturas destruídas e desativadas. Este fato é o ponto negro em meu quadro branco, pois apesar de a justiça ter declarado minha inocência, me absolvido das acusações feitas por um promotor de justiça, as pessoas ainda se deixam levar pelo fato e não pelo resultado dele. Sou obrigado a ouvir gracejos e sinto olhares desconfiados sobre mim. Isto não é justo, pois crime algum cometi. Eu esperava que esse fato, com o tempo, caísse no esquecimento, mas sempre existe os algozes que gostam de reviver o passado com o único intuito de espezinhar, diminuir a pessoa, constrangê-la e humilhá-la. Mas, ainda assim, quando se trata do episódio dos vasos, sempre que perguntado eu respondo, com um nó na garganta, mas respondo para não deixar nenhum mal entendido.
Contudo, no programa de hoje, o apresentador Brito Junior, não satisfeito com a pergunta sobre os vasos que já havia sido feita no programa anterior, veio com uma nova pergunta, completamente fora do script do quadro, sugerindo que o falecido Clodovil Hernandes teria afirmado que eu roubava objetos de arte de amigos de São Paulo ou dos outros. Ora, o que pretendia Brito Junior com essa nova pergunta? Com certeza não era esclarecer nenhuma dúvida, pois nunca houve qualquer menção nesse sentido, seja por Clodovil Hernandes ou qualquer outra pessoa. A real intenção do apresentador Brito Junior e de seu programa era me espezinhar, marcar-me como um ladrão ou pelo menos como alguém que é constantemente acusado de roubar. Surpreso com a conduta do apresentador Brito Junior, o qual havia feito o questionamento antes do intervalo comercial, já que estávamos ao vivo, consultei meu advogado e empresário que se encontrava na plateia sobre essa lamentável postura do apresentador, tendo o mesmo tentado me demover de tomar alguma atitude drástica.
O intervalo comercial durou uma eternidade. Vi passar em minha mente toda uma vida de trabalho, de dedicação, de sofrimento e também de conquistas e não poderia permitir que insinuações dessa natureza viessem macular, mais uma vez, a minha honra e minha dignidade. Ao voltar do intervalo comercial, novamente o apresentador Brito Junior refez a sua capiciosa pergunta, não sem antes colocar no rosto um sorriso de menosprezo. Minha vontade foi de ofender, xingar, ‘rodar a baiana’, dar o show que eles me direcionavam para dar, mas me contive. Lembrei-me de minha educação. Achei melhor apenas questionar o apresentar sobre qual seria a sua fonte, pois sabia que esta não existia e nunca existiu, sendo apenas fruto da malevolência televisiva. Ele engasgou, gaguejou e tentou se justificar, mas o mal já estava feito. Senti-me profundamente ofendido. Posso dizer, até mesmo agredido com a leviana imputação que me era feita quase com o dedo em riste afirmando que eu havia roubado objetos de arte dos outros. Por mais que eu quisesse continuar, por mais que meu advogado me pedisse calma, não havia como continuar ali, de frente com meu algoz que tinha, por único objetivo, me macular como um ladrão. Fiz o que devia ser feito. Me desculpei com o público e os telespectadores e simplesmente sai do programa com a cabeça erguida de quem nada deve e que irá buscar uma reparação pelo mal cometido. Na saída, um séquito de produtores e funcionários ainda tentaram me demover do abandono do palco, mas não havia mais clima para continuar. Quiseram justificar a infeliz pergunta com um matéria jornalística antiga onde o estilista Clodovil Hernandez teria sido condenado pela justiça a me indenizar por ter feito uma afirmação falsa de que eu teria sido expulso da Itália por ter roubado uma obra de arte.
Na época em que Clodovil disse isso a uma revista, eu o processei e ganhei uma reparação, estando este assunto morto e enterrado junto com o seu autor. Não havia motivo e nem razão para retomar esse assunto, principalmente porque o Clodovil não está mais entre nós para se manifestar, tornando-se assim uma pergunta mesquinha e covarde. De qualquer maneira, este episódio com o Clodovil nada tinha com a afirmação feita pelo apresentador Brito Junior, tendo ele abusado de seu posto de apresentador e entrevistador, devendo, juntamente com sua produção e a televisão, responderem pelo abuso praticado com o poder da mídia.
Morei na Itália por três anos. Trabalhei para Valentino, Pino Lancetti, Renato Balestra. Vesti a imperatriz Sarah Diba do Irã, as atrizes Claudia Cardinale e Sidney Rome, assim com a Duquesa Marina Lante Della Rovere, dentre outras. No Brasil Cristina Ford foi por mim vestida. Não vim do nada e por um golpe de sorte cheguei ao topo. Minha trajetória é uma história de muito trabalho, dedicação e criatividade. E, pelo que eu soube posteriormente, tinham me chamado ao programa para me homenagear!”
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