segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PROFESSORES DE 24 ESCOLAS TÉCNICAS DECIDEM ENCERRA GREVE

Valor OnLine
Professores de pelo menos 24 institutos federais de educação, ciência e tecnologia assinam na noite desta segunda-feira acordo que marca o fim da greve e a volta das atividades acadêmicas nos próximos dias, informou o Ministério da Educação (MEC). Ainda nesta semana outros 15 institutos fazem assembleias com indicativo de fim do movimento. Das 39 escolas técnicas federais, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, resolveram manter a paralisação.

Na última quinta-feira, todos os técnicos administrativos, dos institutos técnicos e das universidades federais, decidiram voltar ao trabalho a partir do dia 10 de setembro. 'Nosso indicativo é de acabar com o movimento, mas depende da assinatura do acordo, que deveria ter sido às 16h de hoje, mas o governo mudou o horário para às 19h por causa de burocracias. A greve só pode ser considerada terminada quando mandarmos os termos do acordo assinado para as nossas bases em todo o país', disse ao Valor William Carvalho, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Entre as universidades, nove saíram da greve dos docentes nos útlimos dias: as federais do Rio de Janeiro (UFRJ); da Fronteira Sul (UFFS); do Ceará (UFC); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Santa Catarina (UFSC); de São Carlos (Ufscar); a Luso-Afro-Brasileira (Unilab); e a Universidade de Brasília (UnB). Além dessas, campi de outras três instituições também voltaram às aulas: Araguaína da Federal do Tocantins (UFT); Guarulhos da Federal de São Paulo (Unifesp); e Alegrete da Federal do Pampa (Unipampa).

O MEC informou ainda que agora espera a conclusão do rito sindical para a volta total das atividades acadêmicas nos próximos dias. A pasta já começou a receber e analisar os planejamentos das universidades sobre a reposição dos 110 dias parados.

Na proposta encaminhada ao Congresso, na última sexta-feira, o governo federal busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes. O aumento nominal proposto está entre 25% e 41%, a ser aplicado nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Com isso, fica assegurado reajuste real mínimo de 13% a partir de março do próximo ano, considerando a inflação projetada para o período.

Um profissional com doutorado recém-ingressado na carreira passaria a receber salário de R$ 8.439,77 durante o estágio probatório a partir de 2013. Concluído esse período, chegará a R$ 10.007,24. Para o topo da carreira (professores titulares com dedicação exclusiva) o aumento proposto é de 40%, o que significa salários de R$ 17 mil. Para a concessão do reajuste, o governo liberou R$ 4,2 bilhões no orçamento.

(Luciano Máximo | Valor)

Nenhum comentário: