sábado, 6 de setembro de 2014

Pai de Marina Silva vive em casa de madeira em área de risco no Acre

No local há 30 anos, Pedro Augusto não sai 'de jeito nenhum', diz vizinha. Amiga da família nega falta de suporte e diz que ele acompanha a filha. 



Pai da candidata Marina Silva vive em uma área de risco de enchente (Foto: Veriana Ribeiro/G1)



É em uma casa simples de madeira, suspensa por vigas de alvenaria, no bairro Cidade Nova, área de risco de enchente, na capital do Acre, que vive Pedro Augusto da Silva, de 87 anos, pai da candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva. Irritados com o assédio da imprensa, a família da ex-ministra do Meio Ambiente decidiu não falar mais com jornalistas. Mas os vizinhos garantem: ele vive no local há mais de 30 anos por vontade própria e não deseja sair.

"Pela Marina, ele nem morava aqui. Mas quando ele saiu do Seringal, veio direto para essa casa. Ele não quer sair de jeito nenhum", diz a aposentada Francisca Ferreira do Vale, de 60 anos. Ela elogia a família Silva, com quem tem relação próxima de amizade. "São prestativos, humildes e trabalhadores", completa.

A aposentada nega que Marina Silva não dê suporte à família e afirma que o pai tem uma relação próxima com a ex-ministra. "Sempre que ela vem ao Acre, ele acompanha ela em todos os lugares. Se ela não pode vir aqui no bairro, manda buscar", garante.
Francisca conta que após a morte da mãe de Marina Silva, seu Pedro virou 'pai e mãe' da família. "No dia das mães os filhos costumam fazer festa para o seu Pedro, vão até para a colônia comemorar, porque ele é pai e mãe", lembra.

Outra vizinha de seu Pedro, a aposentada Fátima Cunha dos Santos, de 57 anos, diz que conhece o aposentado desde a época em que ele viva no Seringal Bagaço. "Conheço a família desde o seringal. Eles moravam em uma colônia e eu morava em outra, na BR-364", lembra.

Foi também nesta época em que a aposentada conheceu Marina, que classifica como uma pessoa trabalhadora. "Quando conheci a Marina ela cortava seringa. Toda a vida foi uma pessoa humilde, simples e trabalhadora. Ajudava na roça, em tudo", recorda. 

Apesar de conhecer a família há tanto tempo, ela preferiu não falar muito com a imprensa sobre os Silva, mas elogiou os vizinhos. "São boas pessoas, nunca tive problema com eles. São bons vizinhos, não são do tipo que arranjam confusão", finaliza.

G1 AC

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