Fonte: Tribuna do Norte - A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PM/RN) vai receber, até a próxima terça-feira, dia 10, novos veículos para reforçar o policiamento durante a realização da Copa do Mundo em Natal. A aquisição de motos e automóveis faz parte da Matriz de Responsabilidade do Governo do Estado relativa à segurança pública.
O investimento é alto. Para adquirir 60 motocicletas, o Estado desembolsou R$ 2,310 milhões. Cada moto custou aos cofres públicos R$ 38.500,00. Policiais que trabalham com a ronda motorizada não estão satisfeitos com o negócio.
O extrato do processo de contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 28 de maio. A secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) contratou a empresa BMW do Brasil LTDA após licitação na modalidade pregão eletrônico. Foram adquiridas 60 motocicletas modelo G650 estilo “on/off road” com potência de 650 cilindradas. As motos serão utilizadas pelos policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) e Esquadrão Águia.
As motos da BMW – marca alemã conhecida internacionalmente por produzir veículos de luxo – vão substituir parte da frota existente. Atualmente, os policiais da Rocam usam um modelo mais simples. Estão nas ruas, motocicletas da marca japonesa Yamaha modelo Lander 250 cilindradas, compradas há aproximadamente quatro anos.
#SAIBAMAIS#No mercado atual, os modelos são comercializados com preços distintos. Na loja da BMW em Natal, uma G650 não sai por menos de R$ 31.900,00. Já a Yamaha Lander 250cc é vendida por volta de R$ 13 mil.
O modelo escolhido pela Sesed é um dos mais baratos na concessionária de luxo. A diferença do preço oferecido ao consumidor comum e o valor cobrado ao Estado é explicado pelas modificações que as motos vão sofrer: pintura, adesivagem e fixação de equipamentos como luminárias e rádios.
Apesar de as motos compradas pelo Governo do Estado apresentarem vantagens como melhor potência e robustez e, teoricamente, facilitarem o trabalho da PM, os policiais que vão atuar diretamente com os veículos não estão satisfeitos com a novidade. Com a condição de mantê-los no anonimato, um grupo de soldados da Rocam conversou com a nossa reportagem e explicou o porquê da insatisfação.
“É muito simples de entender. Hoje, se uma moto dessas tem algum problema, a gente tira (o dinheiro) do bolso e resolve. O conserto é barato. Agora, quando for uma BMW, o que vamos fazer? Já ficamos sabendo que qualquer problema, o serviço não sai por menos de R$ 400,00. E aí, como ficamos?”, questionou um policial. “Vai ser bonito para a população ver, mas, depois, o policial é quem vai sofrer para manter funcionando”, disse outro
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