terça-feira, 3 de setembro de 2013

FISCAL DE PROVA QUE MORREU DURANTE REALIZAÇÃO DE CONCURSO NO DF ERA NATURAL DE CARAÚBAS-RN

A fiscal de prova que morreu durante concurso realizado no Distrito Federal neste domingo (1º) mudou para o Distrito Federal há sete anos para fazer tratamento dos sintomas da Síndrome de Turner, alteração genética caracterizada pela perda parcial ou total de um cromossomo X.

O corpo de Maria Kaliane de Lima Fernandes, de 32 anos, foi velado nesta tarde, no cemitério de Taguatinga. O enterro foi às 17h. Natural de Caraúbas, no Rio Grande do Norte, ela morreu em decorrência de “tamponamento cardíaco, aneurisma de aorta ascendente roto e cardiopatia crônica”, indica o atestado de óbito.

“Ela não estava passando mal, nem tinha se queixado de nada antes, mas sabemos que tem relação com a síndrome. Para nós, o que ocorreu foi uma fatalidade”, disse a prima dela Maria Margareth Ferreira.

A Síndrome de Turner ocorre apenas em mulheres. Geralmente, a portadora tem como alterações baixa estatura, tórax largo, pescoço alado ausência da maturação sexual, além de problemas renais e cardiovasculares.

O tratamento da síndrome é relacionado com as consequências da doença. Não é possível corrigir a alteração genética”, explica a médica Parizza Ramos de Leu Sampaio, da Universidade Católica de Brasília (UCB), que tratava Maria Kaliane. “Esses pacientes não costumam ter uma sobrevida longa”, acrescenta a médica.
Maria Kaliane era responsável por cuidar dos tios, com quem morava na Guariroba, em Ceilândia. Com o tratamento realizado no DF, ela planejava estudar para concurso e se casar. “Ela era muito cuidadosa e inteligente. Também adorava trabalhar", afirmou a prima.

A fiscal morreu quando fazia a chamada dos candidatos inscritos no concurso da Anvisa. Ela chegou a ser socorrida por uma candidata que é médica e que realizou massagem cardíaca.

A UTI Vida chegou em seguida e tentou reanimar Maria Kaliana com uso de adrenalina e desfibrilador, mas ela não resistiu e morreu dentro da instituição na Asa Norte onde a prova era aplicada. G1

A Cetro Concursos, responsável pela seleção, informou em nota que uma médica de plantão estava no local e foi acionada imediatamente após a fiscal passar mal. O Samu também foi chamado. Além disso, de acordo com a Cetro, dois candidatos que eram médicos foram chamados para ajudar a plantonista a socorrer a fiscal.

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