quinta-feira, 15 de agosto de 2013

BARCO PESQUEIRO É APREENDIDO POR SUSPEITA DE CRIME AMBIENTAL NO RN

Do G1 RN

Um barco pesqueiro apreendido por suspeita de pesca ilegal chegou nesta quarta-feira (14) à Base Naval de Natal (veja o vídeo ao lado). A embarcação “Shoei Maru”, de bandeira japonesa, é de responsabilidade da empresa potiguar Atlântico Tuna no Brasil. A empresa afirma estar dentro da legalidade tanto em relação à navegação, quanto ao equipamento utilizado para a pesca de atum.

O barco estava sendo monitorado em uma operação conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal, que abordaram a embarcação em Recife na terça-feira (13). O Navio-Patrulha “Macau”, com o apoio do Navio-Patrulha “Goiana”, escoltou o barco apreendido até a Base Naval de Natal.

De acordo com o Ibama, ficou constatada a prática de crime ambiental devido ao uso de equipamentos ilegais de pesca que podem causar danos ao meio ambiente, mais especificamente aves marinhas. O “Shoei Maru” tinha 23 tripulantes, entre brasileiros, indonésios e japoneses. A embarcação levava uma carga estimada entre 140 e 170 toneladas de atum.

Em nota, a empresa Atlântico Tuna informou que atua em águas brasileiras com autorizações previamente concedidas pelos órgãos governamentais de licenciamento. De acordo com a empresa, pesca do atum feita pelas embarcações da empresa foi realizada em total observância com a mais recente norma recomendada pela Comissão Internacional de Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), no que diz respeito ao uso de equipamentos e técnicas que visam a prevenir a captura incidental de aves marinhas.

Dentre os procedimentos utilizados para preservação, a Atlântico Tuna cita o uso da chamada linha espanta pássaros e a largada noturna (horário de menor atividade das aves), medidas aprovadas pelo ICCAT.


De acordo com a empresa, o Ibama vem aplicando unicamente a Instrução Normativa No 4, de 15 de Abril de 2011, ignorando o decreto federal que obriga a adoção das recomendações do ICCAT. "Essa é a divergência que procuraremos sanar, seja através de medidas administrativas ou jurídicas, e sempre através do diálogo transparente com as autoridades", diz a nota.

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