Do G1 RN
Um sargento da Polícia Militar, com 21 anos de carreira, foi preso na madrugada deste sábado (30) suspeito de estuprar uma jovem de 30 anos no município de Macaíba, na Grande Natal. Segundo o delegado Pedro Paulo Falcão, um dos titulares da Plantão Zona Sul, o policial nega o crime, mas admite ter mantido relações sexuais com a vítima e afirma ter pago a ela R$ 50. De acordo com o comandante geral da corporação, coronel Francisco Araújo Silva, o sargento é lotado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, é casado e tem filhos.
Em depoimento, a jovem afirma que o crime aconteceu ainda na noite da sexta. Ela disse que estava caminhando pela rua Getúlio Vargas, no bairro Monte Castelo, em Parnamirim, quando o sargento se aproximou em um Gol de cor prata. De arma em punho, ele a obrigou a entrar no carro, seguindo com o veículo para Macaíba. Durante o trajeto, ainda de acordo com os relatos da vítima, o policial a forçou a fazer sexo oral. Em determinado momento, no acostamento da BR-304, ela acrescentou que o PM parou o automóvel e a estuprou ali mesmo, na beira da pista.
Após ter sido abusada sexualmente, a jovem contou que o policial a levou de volta para Parnamirim, a deixando em um posto de combustíveis na marginal da BR-101. O delegado revelou que a mulher conseguiu memorizar a placa do carro e chamou a polícia. Ela foi socorrida ao hospital e outra guarnição seguiu em diligências para localizar o suspeito.
O Gol prata, pertencente ao sargento, foi encontrado no bairro Bela Vista, também em Parnamirim, onde o sargento reside. Em casa, ele recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Delegacia de Plantão Zona Sul, em Natal, onde a vítima reconheceu o sargento.
Segundo o delegado, o sargento negou ter estuprado a moça, mas admitiu ter tido relações sexuais com ela, pagando R$ 50 por um suposto programa. Contudo, diante das acusações e reconhecimento por parte da vítima, o policial foi autuado em flagrante por estupro e conduzido para o quartel do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), onde permanece preso e à disposição da Justiça.
"Só temos a lamentar. Ele responderá criminalmente pelo estupro e administrativamente pelo desvio de conduta", acrescentou o coronel Araújo.
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