No último dia 27 de outubro de 2012, as 3 horas da madrugada, deu entrada no Hospital do Seridó, a paciente Carla Simone dos Santos, em trabalho de parto, sendo submetida a exame de toque, pela parteira, através do qual ficou constatado que a mesma se encontrava com um centímetro (1 cm) de dilatação.
Após 8 horas da entrada no referido hospital a paciente foi submetida a outro exame de toque, realizado pela parteira, no qual ficou constatado que a mesma ainda se encontrava com um centímetro de dilatação. Dessa forma, conclui-se que após 8 horas de internação a paciente não tinha aumentado a dilatação.
Às 13 horas da tarde a paciente começou a passar mal, chegando a desmaiar, ficando desacordada. Nesse momento, o médico Dr. Valdemar Araújo se recusou a prestar socorro a mesma.
As 14 horas e 30 minutos da tarde o quadro da paciente se agravou. Os familiares e esposo da paciente começaram a implorar que Dr. Valdemar prestasse socorro a Carla Simone. Nesse instante, O esposo da paciente perguntou se o médico iria deixar a filha e a mulher morrerem e o mesmo respondeu com a seguinte afirmação: “ Ela pode morrer, até eu vou morrer um dia”.
Pouco tempo depois, às 15 horas da tarde, o médico leva Carla desacordada para sala de parto normal, pois durante todo esse período Valdemar Araújo se recusava a fazer o parto cesáreo. Valdemar ordena ao policial de plantão para retirar todos os familiares da paciente do interior do hospital e manda uma enfermeira dizer que estava tudo bem, que Carla Simone já se encontrava com 8 centímetros de dilatação e que naquele exato momento a criança já estaria nascendo.
Porém, outros profissionais que examinaram a paciente posteriormente afirmam que não acreditam que a mesma estivesse, no momento do parto, com a dilatação necessária, pois, a mesma apresentava traços de quem teria sido vítima de um parto forçado. Alguns desses profissionais chegaram a demonstrar repúdio e até se emocionar com a violência sofrida pela mãe e a criança.
Infelizmente, esse não é o primeiro caso de violência contra pacientes em trabalho de parto na nossa cidade. É preciso que as autoridades políticas, da justiça e toda a sociedade civil organizada se unam para dar um basta nesses absurdos que maculam a imagem de nossa cidade. Não podemos continuar aceitando que as nossas mulheres e filhos tenham fins trágicos como esse que está se passando com Carla Simone e sua Família.
Por Carlita Barbosa de Souza
Blog de Lucineide Medeiros
Após 8 horas da entrada no referido hospital a paciente foi submetida a outro exame de toque, realizado pela parteira, no qual ficou constatado que a mesma ainda se encontrava com um centímetro de dilatação. Dessa forma, conclui-se que após 8 horas de internação a paciente não tinha aumentado a dilatação.
Às 13 horas da tarde a paciente começou a passar mal, chegando a desmaiar, ficando desacordada. Nesse momento, o médico Dr. Valdemar Araújo se recusou a prestar socorro a mesma.
As 14 horas e 30 minutos da tarde o quadro da paciente se agravou. Os familiares e esposo da paciente começaram a implorar que Dr. Valdemar prestasse socorro a Carla Simone. Nesse instante, O esposo da paciente perguntou se o médico iria deixar a filha e a mulher morrerem e o mesmo respondeu com a seguinte afirmação: “ Ela pode morrer, até eu vou morrer um dia”.
Pouco tempo depois, às 15 horas da tarde, o médico leva Carla desacordada para sala de parto normal, pois durante todo esse período Valdemar Araújo se recusava a fazer o parto cesáreo. Valdemar ordena ao policial de plantão para retirar todos os familiares da paciente do interior do hospital e manda uma enfermeira dizer que estava tudo bem, que Carla Simone já se encontrava com 8 centímetros de dilatação e que naquele exato momento a criança já estaria nascendo.
Porém, outros profissionais que examinaram a paciente posteriormente afirmam que não acreditam que a mesma estivesse, no momento do parto, com a dilatação necessária, pois, a mesma apresentava traços de quem teria sido vítima de um parto forçado. Alguns desses profissionais chegaram a demonstrar repúdio e até se emocionar com a violência sofrida pela mãe e a criança.
Após 3 horas de ser levada para sala de parto, às 18 horas, a criança finalmente nasceu. No momento em que a criança estava nascendo percebeu-se que a mesma se encontrava asfixiada em razão de que o cordão umbilical havia laçado seu pescoço, levando-a a ter uma momentânea parada respiratória após o parto. Assim, o nascimento ainda não representava o fim da angustia daquela mãe e sua filha, pois, ambas foram levadas para Currais Novos. A criança estava em estado bastante grave, em decorrência do parto forçado, pois a mesma sofreu machucados, formando coágulos na sua cabeça.
Infelizmente, a criança não conseguiu resistir, agora pela manhã tivemos a notícia que ela veio a óbito. A violência do parto pode, também, ser constatada pelas imagens da barriga da paciente, que ficou com vários hematomas em razão da pressão que foi feita sobre seu ventre.Infelizmente, esse não é o primeiro caso de violência contra pacientes em trabalho de parto na nossa cidade. É preciso que as autoridades políticas, da justiça e toda a sociedade civil organizada se unam para dar um basta nesses absurdos que maculam a imagem de nossa cidade. Não podemos continuar aceitando que as nossas mulheres e filhos tenham fins trágicos como esse que está se passando com Carla Simone e sua Família.
Por Carlita Barbosa de Souza
Blog de Lucineide Medeiros
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