De acordo com o despacho do juiz Ricardo Coronha Pinheiro, as provas contra Nem são frágeis e insuficientes para a condenação. O magistrado explica que apenas o motorista do carro, que se apresentou como cônsul honorário do Congo, disse ter oferecido dinheiro aos policiais a mando do traficante, que estava no porta-malas de um Corolla. Depois, Luiz Carlos Cavancanti Azenha desmentiu o depoimento.
Dois PMs do Batalhão de Choque que participaram da prisão disseram desconhecer que o dinheiro fora oferecido em nome de Nem e o próprio chefe do tráfico na Rocinha negou ter mandado os ocupantes do carro oferecerem dinheiro aos PMs.
Já os dois advogados que estavam no carro e ofereceram R$ 20 mil aos policiais militares foram condenados por corrupção ativa e favorecimento pessoal a penas de dois anos e um mês de prisão. Como as prisões seriam cumpridas em regime aberto, o juiz converteu a condenação em prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período da pena, o que deverá ser definido pela Vep (Vara de Execuções Penais).
Eles também deverão pagar cestas básicas no valor de dez salários mínimos para uma instituição de caridade. Apesar da absolvição, Nem continua preso e responde por outros crimes, como tráfico de drogas, formação de quadrilha, entre outros.
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