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GISELE TAMAMAR, ESTADÃO PME
Weber Haus segue um processo de produção artesanal com uso de tecnologia
Quando a família Weber chegou ao Brasil, mais especificamente em Ivoti no Rio Grande do Sul, em 1824, a tradição era fazer schnaps, um destilado de batata inglesa para consumo próprio. A tradição de produzir cachaça é mantida até hoje pelos descendentes, mas a variedade é muito maior e a bebida ganhou patamar premium com reconhecimento internacional.
São cachaças envelhecidas em barris especiais e bebidas com sabores variados, desde banana a hortelã e abacaxi. A cana de açúcar começou a fazer parte da produção da bebida em 1848. Mas foi só 100 anos depois que a família partiu para a comercialização do produto. O nome escolhido para a bebida foi Primavera, a estação mais agradável para os alemães, nem tão fria e nem tão quente.
Em 2001, junto com modernização da produção veio a mudança do nome para Weber Haus. "Descobrimos que a marca Primavera não era nossa", conta o diretor comercial da empresa, Evandro Luis Weber, 41 anos, da terceira geração da família desde o início dos negócios.
A Weber Haus segue um processo de produção artesanal cuidadoso, mas tem como diferencial o uso da tecnologia nas técnicas de controle da produção. O corte da cana é manual e a moagem é feita em até 24 horas após a colheita para manter as propriedades do produto. As leveduras utilizadas na fermentação são selecionadas.
Já durante o processo de destilação, somente o "coração" da cana é utilizado. Mesmo com a redução do volume da produção, a empresa prioriza a qualidade da bebida ao descartar a "cabeça" e a "cauda" de qualidade inferior. O envelhecimento da bebida é feito em barris de madeira, variando entre carvalho americano, carvalho francês, bálsamo, amburana e cabreúva.
Para o fim do ano, a empresa prepara o lançamento da cachaça destilada em 1998 e envelhecida durante 12 anos em barris de carvalho francês e bálsamo, designada como Lote 48. Serão lançadas menos de 2 mil garrafas com preço de R$ 1,2 mil cada. "Temos 200 reservadas", conta o diretor. Quem preferir por outras opções, a cachaça premium varia de R$ 40 a R$ 180. Já as com polpa de frutas custam entre R$ 25 a R$ 45.
Exportações
Atualmente, as exportações representam 30% do faturamento. O primeiro lote enviado para fora do País foi para o Triângulo das Bermudas, entre 2006 e 2007. No ano seguinte, as bebidas chegaram nos Estados Unidos, depois Alemanha, Canadá, Irlanda, Itália e China.
Este ano, para aproveitar a exposição do País com a Copa do Mundo, a Weber Haus lançou a linha Lundu, com polpa de frutas como açaí e cupuaçu e embalagens com as cores verde e amarela. A empresa também é responsável pela fabricação da cachaça que leva o rótulo da churrascaria Fogo de Chão.
A cachaçaria tem capacidade para produzir 500 mil litros por ano. Hoje eles produzem entre 120 mil e 130 mil porque ainda não tem demanda para venda.
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