sexta-feira, 5 de julho de 2013

INVESTIGAÇÃO DA MORTE DE ADVOGADO NO RN INDICA ATUAÇÃO DE GRUPO DE EXTERMÍNIO

 
Por Thyago Macedo - Foto: Thyago Macedo / Portal BO
As investigações da morte de Antônio Carlos Souza de Oliveira, assassinado no dia 9 de maio, podem levar a Polícia Civil a apurar uma série de outros crimes na região metropolitana de Natal. De acordo com o delegado Raimundo Rolim de Albuquerque Filho, o inquérito tem várias informações sobre outros crimes, incluindo, chacinas e execuções, relacionadas a alguns dos envolvidos no caso do advogado.

Rolim informou para o Portal BO que o inquérito da morte do advogado está em fase de conclusão e deverá ser remetido à Justiça até a próxima terça-feira (16). “Vamos colher mais um depoimento, nesta sexta-feira (5), e fechar o processo. Então, no final de semana irei concluir o relatório para na segunda ou terça remeter à Justiça”, comenta. Apesar disso, o delegado destacou que, diante de tudo que foi apurado ao longo dos dois meses de inquérito, a Delegacia Especializada em Homicídios (Dehom) vai solicitar ao juiz que receber o inquérito que determine a instauração de outros procedimentos.

“Nós levantamos detalhes, através de diligências e de depoimentos, que apontam outros homicídios relacionados a algumas pessoas que foram presas pela morte do advogado Antônio Carlos. Inclusive, já posso adiantar que vamos solicitar ao juiz a criação de uma Força Tarefa legal, com participação do Ministério Público e da OAB, para investigar assassinatos e até mesmo chacinas”, revela Raimundo Rolim.

O delegado afirma que, por enquanto, não pode repassar detalhes sobre esses outros crimes que foram colocados em evidência durante a investigação do caso Antônio Carlos. “O inquérito que nós temos em andamento e que vamos concluir é referente à morte do advogado. Somente após autorização do juiz é que poderemos abrir outros inquéritos, caso ainda não tenham sido instaurados nas áreas correspondentes”.

Ainda de acordo com o delegado Raimundo Rolim, seis armas foram apreendidas ao longo do processo, sendo duas pistolas e quatro revólveres. Além disso, a equipe da Dehom apreendeu 10 cartuchos de espingarda calibre 28, 11 munições calibre 38, mais 10 munições de ponto 40 e outras 14 munições calibre 380. Cinco pessoas foram presas por suspeita de envolvimento direto com a morte, sendo o casal Expedito José dos Santos e Francine Andrade de Souza, apontado como mandante; Lucas Daniel André da Silva, o Lukinha, que confessou ser o executor do crime; Marcos Antônio Melo Pontes, mais conhecido como “Irmão Marcos”, por ter auxiliado no crime, estando no carro que foi até o bar onde a vítima foi morta; e o sargento PM Antônio Carlos Ferreira Lima, que, segundo a polícia, teria vendido a arma usada no crime.

Outras três pessoas foram detidas por porte de arma, no decorrer do inquérito, sendo o vigia Djalma Manoel dos Santos encontrado com o revólver usado por Lukinha no assassinato do advogado Antônio Carlos. 
 
 

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